DILEMA

https://youtu.be/K_sAgzRbMu4

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

COMETAS (2)

Cometas #2

Na verdade, um cometa típico apresenta uma espécie de cabeleira envolvendo o seu núcleo brilhante e uma longa cauda, que pode dar a ideia dum cabelo muito comprido e esguio, que se encontra sempre na direcção oposta ao Sol, por efeito do vento solar que a empurra nesse sentido. Certas caudas podem atingir os 150 milhões de quilómetros de extensão, a distância Terra/Sol!
Passam a maior parte do tempo nas profundezas do Sistema Solar, gelados.
Geralmente descrevem trajectórias elípticas de grande excentricidade e voltam regularmente. Outros, porém, só por cá passam uma vez, por descreverem órbitas hiperbólicas, e não mais regressam.

Por múltiplas razões, os cometas são astros importantes, embora para a maior parte dos humanos, eles sejam apenas estranhos, raros e intrigantes, ou belos.
Já lá vai o tempo em que eram considerados portadores de mensagens ameaçadoras e funestas, ou bons presságios, para outros…
Porém, hoje em dia, e embora se saiba exactamente o que são e a razão por que nos visitam, ainda causam perturbações a muita gente e trazem para a ribalta a ignorância atávica de alguns habitantes do planeta.
Terão sido observados desde sempre. Alguns deles não poderiam passar desapercebidos aos nossos antepassados de antanho, quanto mais não fosse pela sua forma e luminosidade, parecendo pairar nos céus nocturnos. Vários, de entre eles, até foram visíveis em pleno dia!
A maioria dos que estão catalogados foi descoberta no século XX, depois da utilização generalizada dos bons telescópios que conseguem vislumbrar os que são invisíveis a olho nu.
Há uns 1000 que já nos visitaram pelo menos uma vez. Desses, uns 120 são regulares visitantes. E todos os anos se descobrem uns dez ou doze novos cometas.
Ganham o nome do seu descobridor (ou descobridores), a que se ajunta um código de números e letras.
Mas os cometas realmente magníficos, os que facilmente podem ser vistos por qualquer pessoa, só aparecem, em média, um por década.

A gravura mostra o cometa Halley, representado na célebre tapeçaria de Bayeux (Normandia), na Idade Média.


Ver também COMETAS (1) de 22 de Outubro

(continua)

4 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Por isso é que eu digo:

Quem nunca viu um cometa,
não sabe aquilo que diz.
Ponha os olhos nas estrelas
e no cometa o nariz!

Tinha que vir desalinhar a lição.

( por intermédio do http://pixmania.com, mandei vir o telescópio, vinha amassado e nem sei se a(s) lente(s) estava(m) partida(s).
Agora estou a ver quem me indemniza do que paguei, ou me enviam um novo)

Anônimo disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
António Inglês disse...

Amigo Vieira Calado

Ando sem tempo nenhum, mas hoje consegui um bocadinho para dar um salto até aqui.
Depois de mais uma brilhante lição, levo maiores conhecimentos mas deixo-lhe os votos de um excelente fim de semana que se aproxima.
Um abraço
José Gonçalves

Jay Dee disse...

Uma verdadeira aula virtual, parabéns.