DILEMA

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terça-feira, 15 de junho de 2010

MEDIDAS ASTRONÓMICAS

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Quando nos referimos a distâncias astronómicas, idades ou massas de estrelas ou planetas, ou mesmo a determinados parâmetros universais, referimos números arredondados ou, por exemplo, médias. Assim, a velocidade da luz, no vácuo, não é exactamente de trezentos mil quilómetros por segundo, como correntemente se diz. Esse número é apenas uma aproximação (arredondada) ao valor real.
Utiliza-se esse número, por duas razões: uma, é que seria necessário precisar de que vácuo estamos a falar, para dizer da verdadeira velocidade da luz, nesse meio. Aquilo a que laboratorialmente chamamos vácuo, está ainda bem longe da ausência de matéria que se verifica nos vazios interestelares, ou mesmo nos vazios intergalácticos. Mas, mesmo nessas regiões, ainda não há o vácuo.
A outra é por razões de ordem prática. Em si, o número é apenas uma aproximação. De facto, a velocidade da luz, no vácuo, é de duzentos e setenta e sete mil quilómetros e mais uns tantos metros e ainda uns tantos centímetros... e aí por diante, em cada segundo!
Do mesmo modo, a distância Terra/Sol, não é de exactamente cento e cinquenta milhões de quilómetros. Esse número é apenas a média (arredondada) entre a distância máxima e a mínima, já que a Terra não descreve uma circunferência em redor do Sol, mas sim, uma elipse. O mesmo se passa em relação à Lua. O nosso satélite natural, também não descreve uma circunferência à volta da Terra, mas sim, uma elipses alongada. Daí que, por vezes, a Lua se encontre a pouco mais de trezentos mil quilómetros de nós, e outras vezes, essa distância vá até a mais de setecentos mil quilómetros.

3 comentários:

Anabela disse...

os números exercem sobre nós uma imensa magia...
Que diferença faz trezentos mil quilómetros de setecentos mil quilómetros? Sei que um é mais do dobro do outro mas na verdade tal não tem qq significado face ao facto de a questão se ter colocado em; - como ir lá. 300.000 era problema igual a 700.000.
Medir uma grandeza física é determinar o número de vezes que essa grandeza contém outra da mesma espécie, selecciona como padrão, portanto, é um conjunto de operações. Por que não há padrão e as medições são indirectas o rigor do número resultante da medição astronómica não tem qualquer relevância. O problema subsiste qualquer que seja o rigor da medição: - como Chegar lá.
Se considerarmos que o ponto zero de matéria é o big-bang então o vácuo para a propagação ideal da luz é a densidade do big bang :)
Os modelos da ciência física quântica imaginam temperaturas astronómicas (qual a importância do seu valor?)e densidade extrema da energia junto do Big Bang. atendendo a que a ciência, com o seu carácter experimental está condicionada ao criado, ao tempo, ela só consegue chegar a um lugar quando fala do cosmos; -o mistério. Para chegarmos ao tempo antes do tempo, segundo a própria teoria da relatividade, teríamos de viajar com uma velocidade superior à da luz e assim antecipar-nos ao espaço e ao tempo. Aí a realidade passaria a ser meramente espiritual, mera potencialidade.
A teoria da relatividade calcula que a matéria próxima do ponto zero perde o seu carácter físico e se não há grandeza física o que há para medir?
Quando penetramos a teoria da relatividade e da física quântica constatamos que estas se escondem atrás da matemática como a teologia se esconde atrás de Deus. A especulação é tão variada e tudo é tão abstracto que os próprios teóricos têm dificuldade em compreender a sua teoria fazendo-nos chegar invariavelmente ao mesmo lugar da teologia; - o mistério!
Rigor nas medições astronómicas? Quanto mede uma alma?
:) boa noite

Anabela disse...

talvez que os números exerçam sobre nós toda a magia que exercem por serem a nossa maior arte. O nosso sistema teológico mais belo (toda a demonstração matemática tem início num axioma e se isto não é fé...)
Agora é mesmo boa noite
:)

poetaeusou . . . disse...

*
quando ouço
os políticos e economistas
falarem em verbas “astronómicas”,
pergunto-me se eles têm a noção
da grandeza da palavra,
ou das verbas, já não sei !
,
Li e reli mais uma douta lição,
,
Abraço
*